domingo, 11 de setembro de 2011

Domingão sem Faustão

O domingo foi tão cheio que não deu nem tempo de lembrar que era domingo na verdade. Vou tentar contar um pouquinho de tudo o que fiz ontem para vocês.

INAUGURAÇÃO DA LOJA DE DONUTS

Macau não tem loja de donuts e a inauguração dessa loja virou um evento para algumas pessoas. Uma turma de americanos estavam doidos para essa loja abrir (foi o que eu fiquei sabendo por uma amiga espanhola), então eu fiquei curiosa pra saber que loja faz uma abertura e convida meia cidade para ir.

Eu cheguei lá já no final da abertura (a hora marcada era de 11h às 14h) e não tava tão cheio quanto eu esperava.
A localização não é muito boa. Apesar de ficar perto de um dos pontos turísticos mais visitas (ruinas de São Paulo), a loja fica no final de um beco e não tem nenhum sinalização na rua principal que leva às ruinas. Ou seja, só quem sabe que existe consegue chegar.


Chegando lá, havia uma mesa com algumas comidas e um pequeno altar com incenso e algo que eu imagino que sejam copinhos com saquê. Queria saber pra qual deus era a oferenda, mas não consegui achar ninguém que pudesse me explicar. Ainda vou tentar descobrir e conto pra vocês.


Haviam algumas cadeiras para que as pessoas pudessem comer por perto, mas parecia tão formal e tão esquisito que eu e minhas amigas (Andrea, a espanhola, e Gigi, a californiana) compramos e fomos nos sentar aos pés das ruinas (depois vou fazer um post só sobre as ruinas). E ainda haviam coisinhas para petiscar e provar!



Agora vocês devem estar se perguntando: era uma loja de donuts ou uma floricultura? Haviam arranjos de flores por todos os lados com algumas plaquinhas com alguns nomes escritos e outras coisas ilegíveis para ocidentais. Descobri que as pessoas da cidade mandaram esses arranjos para a loja desejando prosperidade. Achei super simpático. E ainda dizem que chinês é mal educado. 

                                 
 Os donuts não eram ruins, mas qualquer pão doce de qualquer padaria no Brasil dá de mil a zero. Mas pelo menos eles não tinham o gosto da comida chinesa e surpreendentemente não eram tão doces (aqui eles colocam açúcar em tudo).

 
 Uma caixinha como essa da foto abaixo custou R$ 25,00 (100 MOPs) e foi bom que deu para experimentar todos os sabores.

Bom, esse foi meu almoço de domingo.

BOAS VINDAS PARA OS ESTUDANTES

A mãe da Gigi trabalha em uma escola internacional que tem uma filosofia muito legal. Eles aceitam e incentivam a construção de uma comunidade sem preconceito com raça, credo ou cor, sempre respeitando o outro. Não me lembro direito o nome da escola, mas depois digo a vocês.
Pois bem, os professores dessa escola se unem regularmente em festas em casa, para cantar, conversar e comer. Ontem a festa foi de boas vindas para estudantes da universidade de Macau e eu acabei caindo lá.

Quando eu entrei, me senti desconfortável porque só conhecia a Gigi e a Andrea e tava super cheio. Tinha um cara tocando violão e fazendo uma performace em turco, um bando de chinês com câmeras na mão e alguns americanos em volta da mesa. Como a gente tava morrendo de fome fomos logo comer, e pra minha sorte tinha pão com tomate e alface sem nenhum molho esquisito.
A primeira frase que me veio na cabeça foi ´festa estranha com gente esquisita´, mas depois eu entendi o esquema. Qualquer um podia se levantar e tocar uma música, recitar um poema ou qualquer outra coisa. Eu gravei uma menina cantando uma música em mandarim e o resto do pessoal tentando inutilmente acompanhá-la:



Claro que tinha mais uma brasileira lá. O nome dela é Denise, ela é casada com o tal do turco performático, é de Aracajú e morou na turquia por um bom tempo. Tem dois filhos (uma menina de 6 e um menino de 3) que falam português, inglês, turco e estão aprendendo o mandarim. Ela é professora dessa escola também.

Acabei fazendo amizade com alguns chineses. A Sarih foi com quem eu mais conversei. Ela fez publicidade em Singapura e trabalha numa revista vendendo anúncios em Macau. Ainda não entendi como funciona o mercado publicitário aqui, mas sei que rola muito dinheiro por causa dos cassinos. Vou descobrir mais sobre isso e depois conto.


 Da esquerda pra direita:  Denise, Gigi, Andrea, Sarih e eu.


Depois fomos jantar em um restaurante chamado E.s.kimo. Pedi um prato de arroz com salada que eu esperava que fosse bom, mas acabei me sentindo indisposta por causa do tempero e do gosto doce do arroz. Nunca achei que arroz e alface pudessem me fazer mal.


O chá de jasmim com chá verde estava até gostoso, e vinha com gelatinas comestíveis no fundo do copo.


E por fim, a Gigi pediu a nossos amigos chineses que fizessem um cardápio personalizado pra gente. Mesmo que eu tenha voltado a comer carne esporadicamente, aqui qualquer carne tem aparência nojenta e eu não tenho coragem de me aventurar. Como o pessoal do comércio em geral não fala inglês e quase tudo vem com carne, espero que esse mini cardápio me ajude nas próximas refeições.



Boa semana!

2 comentários:

  1. Esse seu post me lembrou aquele filme Casamento Grego, quando a menina leva o namorado pra conhecer a família e ninguém entende como alguém pode ser vegetariano. A tia fala "Don't eat no meat? What do you mean he don't eat no meat? Oh, that's okay. I make lamb." Eu imagino você em restaurantes gesticulando e repetindo móu rou, móu rou, e um garçom te trazendo um prato com barriga de peixe cozida. (Ana Cláudia)

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  2. Uauuuuu mandando bem no Mandarim heimmmm Na musica da China só dava o 'ai ai ai ai' He He He Bjsss estamos aqui te seguindo....

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