Beijing (Parte 1)

Aproveitei o feriado e fui dar um pula em Beijing, pois vir à China e não ir lá é como ir ao Brasil e não visitar o Rio. 

Sai de Macau no sábado (31), peguei um barco para Shenzhen e de lá um vôo para Beijing. Acabei chegando em Beijing às 03h da manhã de domingo e essa é a pior hora para se chegar em qualquer lugar. Fazia um frio de congelar os ossos e a fila do taxi demorou quase uma hora. O aeroporto é longe da cidade e custa cerca de 150RMB (50 reais mais ou menos) e às 04 da manhã não dá pra barganhar preço.

Cheguei no hostel por volta das 5 e me avisaram que o quarto só estaria disponível depois de meio dia, ou seja, 24 horas sem dormir. Quem me conhece sabe o quanto dormir é importante pra mim, mas já que não tem jeito fui caminhar pelas rua e começar a fotografar.

Fiquei em um albergue chamado Qian Men Hostel, muito bem centralizado (perto da cidade proibida e da rua com os Hutongs). Dividi o quarto com 4 pessoas e o banheiro era compartilhado com todo mundo, e paguei por noite 15 reais. Valeu a pena economizar, porque a estadia foi super tranquila.

A região onde eu estava era no meio dos hutongs, bem tradicional (Sobre os hutongs).  Há uma rua principal que foi transformada em um centro comercial moderno (já era um centro comercial antes de ser reformada) e é puro charme. Lojas com lembranças chinesas, de chá, tecido, roupa, electrônicos, tem de tudo. Um guarda em cada esquina completa o charme, mas vale a pena entrar pelos becos para descobrir o que há por trás de todo aquele cenário falso. É bom ver os restaurantes onde os chineses locais comem e vivem, porque ninguém tem dinheiro para pagar um almoço no mc donalds (sim, tem mc Donald para todos os lados). 

 A maioria das ruas são assim, com várias faixas (chegam até 6 de cada lado) mais faixa exclusiva para bicicleta. A cidade é bem aberta e não dá a sensação de abafamento, como Hong Kong e Macau. E o melhor de tudo é que a poluição visual é quase mínima comparado com outras cidades da China, o que foi um alívio para os meus sentidos.

 Esse predio cinza é o hostel.

 Esses portões ficam entra a área dos hutongs e cidade proibida. 

A noite a rua fica lotada de turistas agitados que entram e saem das lojas aos montes, vendedores de brinquedos, uma zona.

Há um Mercado que fica lotado e é o melhor lugar para comprar lembrancinhas.

Em uma das barraquinhas desse Mercado tinha um amontado de gente em cima de um cara fazendo bonecos de biscuit, retratando perfeitamente o modelo! Não resisti e fiz um pra mim. Olha o passo a passo aí: 

Em um dos becos há uma feira de comida, e aí que a coisa fica mais interessante ainda.  

 Lagartixa desidratada

 Um tipo de larva que não sei o nome

Um casulo frito com uma larva dentro 

 Escorpiao junior

Escorpiao senior

 Centopeia

 Pele de cobra

Para aqueles que pensam que os chineses realmente comem isso, desilusão. Pelo menos não em  uma barraquinha de rua. Os únicos chineses que tinham por lá eram turistas que faziam expressão de nojo e assombro. Não vi ninguém nem experimentando nada.

Normalmente eles comem dumplings, e eu comi um de vegetais que não era tão ruim, só não tinha muito gosto de nada. 

Isso é como se fosse o cachorro quente de carrocinha para eles. Quase tudo tem carne e o que parece doce é salgado, e vice e versa.

 O da esquerda é leita e o da direita é um tipo de refrigerante com a logo de um urso polar.

Tem uma bizarrices que também só dá pra encontrar na China, como essa agência de turismo que tem na porta um megafone anunciando os passeios na maior altura.

 Uma das coisas mais legais que eu vi foram essas luvas que eles colocam nas motos e nas bicicletas para espantar o frio, é genial!

Eles usam também essas bicicletas com essa carroça para quase tudo: de restaurante a banca de jornal, é portátil e vai aonde o povo está. 

Mas o principal programa em Beijing é conhecer os lugares turísticos. Vou deixar para falar deles no próximo post, pois esse já tá grande demais!